segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Só mais uma caminhada

Muitas vezes sorrimos e seguimos adiante para não parecermos eternos sofredores, mas o que se passa dentro do nosso coração e da nossa cabeça, só nós sabemos. O problema é que não dá para chorar e lamentar a mesma coisa sempre, ainda mais quando nos mantemos próximos, buscando dias melhores e momentos de felicidade.
Porém, quem vê de fora, acha que tudo está bem, que tudo está normal. Aliás, essa é a ideia, parecer muito bem, obrigada! Tipo, não me pergunte nada pois estou disfarçando justamente para não ter que explicar ou lamentar qualquer coisa que possa estar incomodando.
A verdade é que não dá para retomar a vida em pouco tempo quando tomamos um tombo grande. Na verdade, depois do tombo, nos levantamos, saímos arranhados, mas seguimos caminhando. Mancando, mas caminhando. Com passos curtos e cautelosos, seguimos caminhando.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tá difícil

Gente estou afastada há alguns dias devido aos últimos acontecimentos políticos em minha Cidade. Mas em breve, voltarei a postar aqui. Por enquanto fica somente a certeza que o caminho certo, nem sempre é o mais fácil. Aliás, não é mesmo. Então vamos arregaçar as mangas e enfrentar os desafios de cabeça erguida.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia Mundial da Alimentação - dá para comemorar?

Não existe notícia que choque mais os seres humanos do que as que retratam a fome e a pobreza que assolam o mundo. Nesta semana, em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação e que diversos orgãos públicos e privados divulgam o quanto é importante manter uma alimentação saudável e balanceada, a ONU confirma que o número de famintos em 2009 ultrapassou a marca de 1 bilhão - cerca de 100 milhões a mais do que no ano anterior -, índice mais alto das últimas quatro décadas.
Como ouvir uma notícia dessas e almoçar ou jantar tranqüilo com a família? Impossível. Pior do que isso, como presenciar diariamente o desperdício de comida tão freqüente nos lares, restaurantes e grandes redes de hipermercados, seja pelo simples fato da barriga já estar cheia ou os prazos de validade dos alimentos, vencidos?
Segundo dados da ONU as causas do crescimento desse índice neste ano é a combinação da crise dos alimentos e a recessão econômica. Porém, vale refletir um pouco mais sobre a questão, pois esses motivos parecem estar tão distantes das mesas dos cidadãos, pelo menos dos que têm o que pôr no prato dos seus filhos. Já para os que não têm, pouco importa as constantes crises econômicas que assolam os países ao longo dos anos, aliás, que parecem nunca mais ter fim, tendo em vista que entra ano e sai ano e há sempre um novo problema econômico mundial.
No Brasil o problema ganha novas proporções, já que o solo é extremamente fértil e “se plantando, tudo dá”, como diziam os mais antigos. Num país em que a terra é promissora em diversas regiões, como pode ainda cerca de 14 milhões de pessoas passarem fome? Por outro lado, grandes redes do setor alimentício, sejam fast foods ou varejistas, estão em constante desenvolvimento. O que explica isso?
De acordo com a ONG ActionAid no Brasil, nosso País é o nono com maior número de pessoas famintas do Mundo, sendo que 45% das crianças com menos de 5 anos sofrem de anemia crônica por falta de ferro na alimentação e 50 mil nascem todo ano com algum tipo de comprometimento mental devido à falta de iodo na alimentação das gestantes.
Para quem tem fome, o que importa mesmo não é se o filho aprendeu algo novo e importante para seu futuro na escola, mas sim qual foi a merenda servida no intervalo. Como esperar um futuro melhor diante dessa realidade? Porque não há nada pior do que não ter o que comer ou alguém ainda duvida disso? Que fique um dia sem comer para sentir na pele (ou no estômago) a ausência do tradicional arroz com feijão.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Catástrofes naturais em pauta

Mais uma vez as catástrofes causadas por chuvas torrenciais na Região Sul voltam a ser manchete de jornais e programas de TV. Novamente, cidades inteiras ficam alagadas, pessoas desaparecem em meio a enxurrada e mais destruição se espalha pelo Brasil e não precisa ir muito longe, pois na semana passada uma criança foi carregada pelas águas de um córrego que transbordou na Zona Leste de São Paulo. Porém, entra ano e sai ano e os hábitos dos cidadãos continuam os mesmos e as autoridades não discutem projetos que resolvam defini-tivamente alguns problemas, como o desmatamento e a ocupação de áreas impróprias e de risco.
É preciso criar uma política de desenvolvimento sustentável? Para evitar que mais áreas verdes sejam desmatadas e invadidas por imóveis. Mas também é necessário mudar o que já está estabelecido. O governo federal precisa criar um projeto de habitação que realmente seja viável, que funcione, priorizando famílias que vivem nos morros ou encostas de rios, para que possam ser reflorestados e voltem a ter seu círculo de vida normal.
Por outro lado, os cidadãos precisam mudar seus hábitos. A proposta para se ter uma idéia da quantidade de lixo inorgânico que é gerado numa casa é separar os alimentos das embalagens e juntá-las por uma semana. Para que não cheire mal e nem junte ratos ou baratas, não custa nada dar uma lavadinha nas embalagens quando forem esvaziadas. Com certeza, o susto com o volume e quantidade de lixo reciclável que uma família produz será enorme, pois no dia a dia não se percebe quanto de material inorgânico as pessoas jogam no lixo comum, muito menos se pensa nas conseqüências do hábito.
E quanto a poluição do ar, que causa o aquecimento global, alguém pensou no quanto contribui para isso? Como o transporte coletivo um caos, ninguém vai deixar o carro na garagem para pegar ônibus, trem ou metrô, então a quantidade de veículos com somente um ou dois passageiros em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro é enorme, assim como os malefícios causados pelo dióxido de carbono que sai dos escapamentos.
Como resultado do aquecimento global, ocorrem os desequilíbrios climáticos, que há alguns anos só eram notados no Brasil devido às secas e queimadas. Só que agora, são constantes as enchentes e os deslizamentos de terra nas encostas de morros e na beira de estradas, que tem vitimado cada vez mais pessoas. Será que uma ação coletiva e uma maior responsabilidade por parte dos governantes só surgirá quando não tiver mais solução? E não se trata só do Brasil, pois são os países ricos os maiores emissores de gases tóxicos, só que as conseqüências são sentidas pelas nações mais pobres

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Pelo que vivemos?

Talvez essa pergunta tenha milhões de significados e entendimentos, se levarmos em consideração a intenção de quem estará fazendo-a.
Mas se nós nos perguntarmos (e mesmo inconsciente nós perguntamos pelo menos uma vez na vida), com certeza terá um valor muito maior.
Talvez pensemos que estamos questionando demais, que estamos insatisfeitos sempre ou que nunca nada está bom, mas eu penso que enquanto continuarmos nos questionando, seja nossas ações ou pensamentos e maneiras de ver a vida, também questionaremos o mundo e não aceitaremos de bom grado as atitudes egoístas dos seres humanos.
Aliás, as nos questionarmos sobre o real motivo de acordarmos, trabalharmos, amarmos, sofrermos, vivermos todos os dias, talvez busquemos a essência escondida dentro do nosso coração.
Eu sempre questiono tudo e meu espírito e os que me amam já se acostumaram com isso. As vezes (ou quase sempre) me acham chata e até me criticam por tanta inquietação, mas me aceitam desta forma, pois escolhemos viver próximos nesta vida.
As vezes até eu fico cansada por ser tão questionadora, mas vejo com tristeza aqueles que nunca, jamais se questionam, pois também não questionam o mundo, não tem curiosidade em saber porque tem que ser de uma forma ou de outra, e vão vivendo de acordo com o os outros querem ou de acordo com o que foi proposto por nossa cultura ao londo dos séculos.
Me reprovo quando sou exagerada, falo e rio alto, de forma não tão condizente com a vida em sociedade. De vez em quando tenho até vontade de ser contida, mais delicada, como algumas mulheres que conheço, mas logo lembro de uma mensagem maravilhosa que recebi de minha irmã (uma das mulheres delicadas que eu admiro), o nome é Declaro-me Vivo.
Essa é uma mensagem PPS com imagens lindas e um fundo musical inspirador que circulam de e-mail por e-mail e diariamente lotam as nossas caixas de entrada, porém, diz exatamente como deve ser o nosso caminho na Terra. Exato, quem se assustou, leia novamente. Essa mensagem dá exatamente a receita para a felicidade. Sabe qual é? Ser você mesmo e não se preocupar com o que os outros dirão ou pensarão. Buscar a própria felicidade em todos os momentos, independente do que os outros acham certo ou errado.
Enfim, ser feliz é ser você, escandalosa, desbocada, tímida, recatada, silenciosa, barulhenta, com risada entre os dentes ou gargalhada alta, enfim:
"Desculpe se incomodo, mas declaro-me Viva!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ah, a sensibilidade!

A sensibilidade deveria ser acessível somente quando é necessária.
Mas não, ela insiste em brotar dos olhos nos momentos mais inesperados, nos tornando tão frágeis e vulneráveis, que ficamos sem saber como agir - ainda mais se for diante de outras pessoas.
Já passei alguns momentos um pouco constrangedores por não conseguir controlar minha sensibilidade, por exemplo, no ônibus destraída, pensando na vida, me pego chorando com cenas simples como uma criança brincando feliz ou uma senhora, que apesar da idade, segue uma rotina corrida de quem está começando a viver.
Ás vezes estamos tão sensíveis que tudo nos emociona. O abraço do filho, uma palavra carinhosa de um amigo ou parente querido, tudo nos faz chorar.
Será que as lágrimas que rolam sem controle são sinais de fraqueza? Serão sinais bons ou ruins?
Será mesmo que devemos frear as emoções que brotam tão livremente?
Enfim, quem tem a resposta?

Apresentação

Depois de tanto ler coisas geniais, engraçadas e até bobeiras em tantos blogs de amigos e desconhecidos, resolvi tomar coragem e entrar nesse mundo novo, pelo menos para mim.
Como tenho milhões de ideias todos os dias e nem todas eu posso publicar no jornal onde trabalho (aliás, não são publicáveis em nenhum jornal), penso que este será um espaço para externar as coisas que passam pela minha cabeça todos os dias.
Talvez, alguns textos parecerão idiotas, outros sem graça, outros também geniais, mas a ideia não é passar em nenhuma prova, muito menos agradar ninguém. O objetivo desse blog começa egocêntrico e termina vaidoso, pois quero expor minhas opiniões e, se puder, ajudar alguém a enxergar novas perspectivas. Assim como espero receber comentários tão geniais, engraçados e bobos quanto meus textos.
Então, é isso, entrei no mundo dos blogueiros, só não sei como será a permanência nele.
Obrigada e até mais